Show simple item record

Communication and Interculturality in Water Governance in Brazil;
Comunicación e interculturalidad en la gobernanza del agua en Brasil

dc.contributor.authorFerreira, Vinícius Lauriano
dc.contributor.authorRothberg, Danilo
dc.date.accessioned2025-03-19T15:26:45Z
dc.date.available2025-03-19T15:26:45Z
dc.date.created2025-01-21
dc.identifier.issn1692-2522
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/11407/8785
dc.descriptionA eficiência da própria gestão pública depende do compartilhamento de significados que favoreçam sinergias ao invés de embates, e engajamento ao invés de paralisia. Entre as várias áreas de política pública, a sustentabilidade ambiental, em particular, pode tornar-se ainda mais dependente de conceitos e práticas de comunicação intercultural que facilitem o relacionamento entre setores sociais com compreensões diferentes. Em países como o Brasil, nos quais a governança das águas inclui processos deliberativos abertos à participação da sociedade, tal relacionamento ocorre nos comitês de bacia hidrográfica, que se mostram como espaços interculturais. Neles, na negociação de interesses e finalidades entre agentes sociais diversos, ocorrem a formação e a disputa de visões acerca do uso e gerenciamento da água. Nossa pesquisa examinou as relações intersubjetivas construídas em um comitê de bacia hidrográfica de particular importância para o Estado de São Paulo, Brasil. Nosso objetivo foi investigar, com a metodologia de entrevista semiestruturada, de que modo os relacionamentos interculturais entre os agentes sociais em um comitê específico influenciaram sua capacidade de tomada de decisão. Foram aplicadas quinze entrevistas com membros dos três segmentos do comitê (funcionários do Estado, prefeitos e sociedade civil), e sua análise, por meio da técnica de estudo de caso, permitiu sugerir oportunidades de aperfeiçoamento do processo deliberativo nos comitês. Os resultados sugerem que as oportunidades de aperfeiçoamento da capacidade decisória dos comitês vêm inclusive do fortalecimento de sua autoridade prática por meio de estratégias de valorização e reconhecimento da interculturalidade entre seus integrantes.por
dc.descriptionEfficient public administration relies on shared views favoring synergies instead of clashes and engagement instead of paralysis. Among the various areas of public policy, environmental sustainability, in particular, can be even more reliant on intercultural communication concepts and practices so that the relationship between social sectors with different perspectives is facilitated. In countries such as Brazil, where water governance includes deliberative processes open to the participation of the whole society, such a relationship is seen in river basin committees as intercultural spaces. In those spaces, when negotiating diverse social agents’ interests and aims, different visions regarding water use and management are changed and challenged. This research work examined the intersubjective relationships built at a river basin committee of special importance for the state of São Paulo, Brazil. Our goal was to investigate, following a semi-structured interview methodology, how intercultural relationships between social agents in a specific committee influenced their decision-making ability. Fifteen interviews were carried out with members of the three sectors of the committee (State officials, mayors, and civil society). The analysis allowed us to suggest opportunities to improve the committee’s deliberative process through the case study technique. Findings suggest that the opportunities to improve committee decision-making ability lie in strengthening their practical authority through intercultural valorization and recognition approaches among their members.eng
dc.descriptionLa eficiencia de la gestión pública depende de significados compartidos que favorezcan sinergias en lugar de enfrentamientos, y participación activa en lugar de parálisis. Entre las áreas de política pública, la sostenibilidad ambiental, en particular, puede depender aún más de conceptos y prácticas de comunicación intercultural que faciliten la relación entre sectores con diferentes visiones. En Brasil, la gobernanza de las aguas incluye procesos deliberativos abiertos a la participación de la sociedad; tal relación ocurre con los comités de cuencas hidrográficas, que se revelan como espacios interculturales. En ellos, en la negociación de intereses y objetivos entre agentes sociales diversos, se presenta la formación y conflicto de las concepciones acerca del uso y manejo del agua. Nuestra investigación examinó las relaciones intersubjetivas construidas en un comité de cuenca hidrográfica de particular importancia para el estado de São Paulo, en Brasil. Nuestra investigación buscó analizar, siguiendo una metodología de entrevista semiestructurada, de qué modo las relaciones interculturales entre agentes sociales en un comité influyeron en su capacidad de toma de decisiones. Se realizaron quince entrevistas a miembros de los tres estamentos del comité (funcionarios del Estado, alcaldes y sociedad civil), y su análisis, a través de la técnica del estudio de caso, permitió plantear oportunidades para mejorar el proceso deliberativo en los comités. Los resultados indican que las oportunidades de realización de la capacidad de decisión de los comités incluyen el fortalecimiento de su autoridad práctica por medio de estrategias de valorización y reconocimiento de la interculturalidad entre sus integrantes.spa
dc.formatPDF
dc.format.extentp. 1-20
dc.format.mediumElectrónico
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidad de Medellín
dc.relation.ispartofseriesAnagramas Rumbos y Sentidos de la Comunicación; Vol. 23 No. 46 (2025)
dc.relation.haspartAnagramas Rumbos y Sentidos de la Comunicación; Vol. 23 Núm. 46 enero-junio 2025
dc.relation.urihttps://revistas.udem.edu.co/index.php/anagramas/article/view/4718
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0*
dc.sourceAnagramas Rumbos y Sentidos de la Comunicación; Vol. 23 No. 46 (2025): (enero-junio); 1-20
dc.subjectGovernançapor
dc.subjectGestão ambientalpor
dc.subjectParte interessadapor
dc.subjectParticipação socialpor
dc.subjectDiálogo interculturalpor
dc.subjectPlanejamento de comunicaçãopor
dc.subjectRelação entre grupospor
dc.subjectGovernanceeng
dc.subjectEnvironmental managementeng
dc.subjectStakeholderseng
dc.subjectSocial participationeng
dc.subjectIntercultural dialogueeng
dc.subjectCommunication planningeng
dc.subjectIntergroup relationseng
dc.subjectGobernabilidadspa
dc.subjectGestión ambientalspa
dc.subjectAgente interesadospa
dc.subjectParticipación socialspa
dc.subjectDiálogo interculturalspa
dc.subjectPlanificación de la comunicaciónspa
dc.subjectRelaciones entre gruposspa
dc.titleComunicação e interculturalidade na governança das águas no Brasilpor
dc.titleCommunication and Interculturality in Water Governance in Brazileng
dc.titleComunicación e interculturalidad en la gobernanza del agua en Brasilspa
dc.typearticle
dc.identifier.doihttps://doi.org/10.22395/angr.v23n46a18
dc.relation.citationvolume23
dc.relation.citationissue46
dc.relation.citationstartpage1
dc.relation.citationendpage20
dc.audienceComunidad Universidad de Medellín
dc.publisher.facultyFacultad de Comunicación
dc.coverageLat: 06 15 00 N degrees minutes Lat: 6.2500 decimal degreesLong: 075 36 00 W degrees minutes Long: -75.6000 decimal degrees
dc.publisher.placeMedellín
dc.relation.referencesAbers, R. N., & Keck, M. E. (2017). Autoridade prática: ação criativa e mudança institucional na política das águas do Brasil. Editora Fiocruz.
dc.relation.referencesAbers, R. N., Formiga-Johnsson, R. M., Frank, B, Keck, M. E., & Lemos, M. C. (2009). Inclusão, deliberação e controle: três dimensões de democracia nos comitês e consórcios de bacias hidrográficas no Brasil. Ambiente & Sociedade, xii(1), 115-132. https://www.scielo.br/j/asoc/a/wrzwPtZzr78FvNtntV6Rh8v/?format=pdf&lang=pt
dc.relation.referencesANA – Agência Nacional de Águas. (2011). O comitê de bacia hidrográfica: o que é e o que faz? SAG. https://arquivos.ana.gov.br/institucional/sge/CEDOC/Catalogo/2012/CadernosDeCapacitacao1.pdf
dc.relation.referencesAnna, B. (2018). Honneth and everyday intercultural (mis)recognition. Palgrave MacMillan.
dc.relation.referencesBardin, L. (2016). Análise de conteúdo (Ed. rev. e ampl.). Edições 70.
dc.relation.referencesBevir, M. (2011). Governança democrática: uma genealogia. Revista de Sociologia e Política, 19(39), 103-114. https://doi.org/10.1590/S0104-44782011000200008
dc.relation.referencesBezzon, L. A. C. (2004). Análise político-sociológica do reencontro da sociedade civil brasileira com a cidadania e a democracia segundo a perspectiva da comunicação pública. En M. J. Oliveira (Ed.), Comunicação pública (pp.17-29). Editora Alínea.
dc.relation.referencesBrasil, J. A., & Cabecinhas, R. (2019). Diálogo intercultural e relações intergrupais na Europa: contributos dos estudos culturais e da psicologia social. Comunicação & Sociedade, v. especial, 89-103. https://journals.openedition.org/cs/876?lang=pt
dc.relation.referencesCabecinhas, R., & Cunha, L. (2008). Introdução: da importância do diálogo ao desafio da interculturalidade. En R.
dc.relation.referencesCabecinhas, & L. Cunha (Eds.). Comunicação intercultural: perspectivas, dilemas e desafios (pp. 7-13). Campo das Letras.
dc.relation.referencesCastro, J. E. (2007). Water governance in the twentieth-first century. Ambiente & Sociedade. X(2), 97-118.
dc.relation.referencesChambers, S. (2003). Deliberative democratic theory. Annual Review of Political Science, 6, 307-326.
dc.relation.referencesCitelli, A. (2008). Comunicação e linguagem: diálogos, trânsitos e interditos. Matrizes, 2(1), 13-30. https://doi.org/10.11606/issn.1982-8160.v2i1p13-30
dc.relation.referencesCogo, D. (2015). Comunicação e diversidade: cenários e possibilidades da comunicação intercultural em contextos organizacionais. En C. P. Moura, & M. A. Ferrari (eds.) Comunicação, interculturalidade e organizações: faces e dimensões da contemporaneidade (pp. 97-116). EdiPUCRS.
dc.relation.referencesCohen, J. (2017). A more democratic liberalism. En D. A. Reidy (ed.), John Rawls (pp. 379-422). Routledge.
dc.relation.referencesDuarte, J. (2006). Entrevista em profundidade. En J. Duarte, & A. Barros (Eds.), Métodos e técnicas de pesquisa em comunicação (2a ed., pp. 62-83). Atlas.
dc.relation.referencesFerrari, M. A. (2015). Comunicação intercultural: perspectivas, dilemas e desafios. En C. P. Moura, & M. A. Ferrari (Eds.), Comunicação, interculturalidade e organizações: faces e dimensões da contemporaneidade (pp. 43-64). EdiPUCRS.
dc.relation.referencesGanesh, S. (2015). Da inteligência à inteligibilidade cultural: tecnologia digital, ação coletiva e comunicação nos nossos dias. En C. P. Moura, & M. A. Ferrari (Eds.), Comunicação, interculturalidade e organizações: faces e dimensões da contemporaneidade (pp. 25-42). EdiPUCRS.
dc.relation.referencesHabermas, J. (1993). Struggles for recognition in constitutional states. European Journal of Philosophy, 1(2), 128-155.
dc.relation.referencesHabermas, J. (1994). Postscript to Faktizität und Geltung. Philosophy & Social Criticism, 20(4), 135-150.
dc.relation.referencesHabermas, J. (2012). Teoria do agir comunicativo, volume I: racionalidade da ação e racionalização social. Editora WMF Martins Fontes.
dc.relation.referencesHaswani, M. F. (2013). Comunicação pública: bases e abrangências. Saraiva.
dc.relation.referencesHonneth, A. (2003). Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais. Editora 34.
dc.relation.referencesHonneth, A. (2007a). Disrespect: The normative foundations of critical theory. Polity Press.
dc.relation.referencesHonneth, A. (2007b). Recognition as ideology. En B. Van Den Brink, & D. Owen (Eds.), Recognition and power: Axel. Honneth and the tradition of critical social theory (pp. 323-347). Cambridge University Press. https://doi.org/10.1017/CBO9780511498732.013Honneth, A. (2015). O direito da liberdade. Martins Fontes
dc.relation.referencesLaden, A. S. (2007). Reasonable deliberation, constructive power, and the struggle for recognition. En B. Van Den Brink, & D. Owen (Eds.), Recognition and power: Axel Honneth and the tradition of critical social theory (pp. 270-289). Cambridge University Press. https://www.scopus.com/record/display.uri?eid=2-s2.0-84920428932&origin=resultslist
dc.relation.referencesMarchiori, M. (2015). Sujeitos em diálogos nos processos interculturais. En C. P. Moura, & M. A. Ferrari (Eds.), Comunicação, interculturalidade e organizações: faces e dimensões da contemporaneidade (pp. 135-146). EdiPUCRS.
dc.relation.referencesMartins, R. C. (2015). Fronteiras entre desigualdade e diferença na governança das águas. Ambiente & Sociedade, (1), 221-238. https://doi.org/10.1590/1809-4422ASOC952V1812015en
dc.relation.referencesMatos, H. (2009). Capital social e comunicação: interfaces e articulações. Summus Editorial.
dc.relation.referencesNicollier, V., Kiperstok, A., & Cordeiro, M. E. C. (2023). A governança das águas no Brasil: qual o papel dos municípios? Estudos Avançados, 37(109), 279-301. https://doi.org/10.1590/s0103-4014.2023.37109.017
dc.relation.referencesNobre, M. (2003). Apresentacão – Luta por reconhecimento: Axel Honneth e a teoria crítica. Em A. Honneth. Luta por reconhecimento: a gramática moral dos conflitos sociais (pp. 7-22). Editora 34.
dc.relation.referencesPeruzzo, C. M. K. (2004). Direito à comunicação comunitária, participação popular e cidadania. En M. J. Oliveira (Ed.), Comunicação pública (pp. 49-80). Editora Alínea.
dc.relation.referencesRawls, J. (2008). Uma teoria da justiça. (3a ed.). Martins Fontes.
dc.relation.referencesRothberg, D. (2021). Por uma agenda de pesquisa em comunicação, democracia e ecologia política. Comunicação & Inovação, 22(49), 19-33. https://doi.org/10.13037/ci.vol22n49.7348
dc.relation.referencesLei 12.183, de 29 de dezembro de 2005. (2005, dezembro 29). Dispõe sobre a cobrança pela utilização dos recursos hídricos do domínio do Estado de São Paulo, os procedimentos para fixação dos seus limites, condicionantes e valores. Assembleia Legislativa do Estado e São Paulo. https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/2005/
dc.relation.referenceslei-12183-29.12.2005.html
dc.relation.referencesLei 7.663 estadual de São Paulo (1991, 30 de dezembro). Artigo 24 Dispõe a conformação dos comités de bacias hidrográficas. https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1991/original-lei-7663-30.12.1991.html
dc.relation.referencesSardinha, A. C. (2019). Comunicação e deliberação de políticas públicas: um estudo da participação nos conselhos de recursos hídricos da Região Norte. [Tese, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação, Universidade Estadual Paulista. “Júlio de Mesquita Filho”], Repositório Institucional. https://repositorio.unesp.br/items/a53b3ad3-ab74-4fdea1cd-ab5c53d7b4e3
dc.relation.referencesTrindade, L. L., & Scheibe, L. F. (2019). Gestão das águas: limitações e contribuições na atuação dos comitês de bacias hidrográficas brasileiros. Ambiente & Sociedade, 22, 1-20. https://doi.org/10.1590/1809-4422asoc20160267r2vu2019L2AO
dc.rights.creativecommonsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.identifier.eissn2248-4086
dc.type.coarhttp://purl.org/coar/resource_type/c_6501
dc.type.versioninfo:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.localArtículo científico
dc.type.driverinfo:eu-repo/semantics/article
dc.identifier.reponamereponame:Repositorio Institucional Universidad de Medellín
dc.identifier.repourlrepourl:https://repository.udem.edu.co/
dc.identifier.instnameinstname:Universidad de Medellín


Files in this item

Thumbnail

This item appears in the following Collection(s)

Show simple item record

Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International
Except where otherwise noted, this item's license is described as Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International